sexta-feira, julho 25, 2008



Passear por Lisboa sempre foi umas das minhas actividades favoritas, assim se conhece a cidade, os seus truques e os recantos que são não só da cidade como também pertença legitima dos seus descobridores.

O alfacinha gosta de sentir que tem aquele canto que só ele conhece (mentira!) e que por especial favor pode guiar-nos lá e apresentar a sua visão da capital. Gosta de relembrar a circunstancia da descoberta: aquela manhã quando vinha dos copos, naquela tarde que se baldou ao trabalho ou a tal noite que nunca mais acabava.

Impressiona nesses recantos a vida própria ganha à custa da forma como a luz trabalha a cidade. Quem não se vê desorientado ao calcorrear as ruelas do Bairro Alto que à noite conhece de cor mas que durante a tarde, graças ao comercio tradicional, aos autóctones e sobretudo graças à estrema sobriedade são perfeitas desconhecidas.

E depois há aqueles com paraísos privados de fundo publico. Passo a explicar: existem em Lisboa inúmeras Direcções gerais, repartições e ministérios que se arrogam a ter "vistas" para alguns que deviam ser de toda a gente.

Tenho descoberto alguns sítios verdadeiramente inusitados, como o Ministério do Trabalho ou a Direcção Geral de Saúde mas o que me surpreendeu mais estava mesmo à minha frente. No final de um concerto das festas de Lisboa quando as pessoas em vez de se dirigirem à saída foram em direcção oposta talvez para descobrir aquela "sua" paisagem. Ali tão perto!

Porra! Este já não dá para reclamar como meu!

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